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Mostrando postagens de 2016

Parte 2 - O Reino que se Faz ao Caminhar

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  Série de mensagens sobre a transfiguração de Jesus: (Mateus 17:1-9, Marcos 9:2-8 e Lucas 9:28-36) “. .. e os levou, em particular, a um alto monte. Ali ele foi transfigurado diante deles. ” (Mt. 17.1b-2a) N a religião , todo relevo tem um significado para a espiritualidade; montes, montanhas e vales. Quem subia em um monte ou escalava uma montanha queria ficar mais perto de seus deuses. Vemos, curiosamente, a construção de uma torre em Genesis 11 para que os seres humanos ficassem no alto e assim fossem considerados deuses. Na história das monarquias de Israel é recorrente o povo subir até aos montes para realizar cultos e adoração a Baal, Ishtar e a baalins. A altura de um monte determinava o quanto mais próximo o fiel estava próximo de seu deus. Na religião judaica tal coisa também se dava; por exemplo, o encontro de Moisés com Deus no monte Sinai, Elias no monte Carmelo. Alguns montes se tornaram conhecidos como lugares de acertos de conta e tratados com a Divin

PARTE 1 - Os Amigos de Jesus

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  Série de mensagens sobre a transfiguração de Jesus: (Mateus 17:1-9, Marcos 9:2-8 e Lucas 9:28-36) Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte , Mt. 17.1   Todas as pessoas   escolhem  seus amigos de maior proximidade, seus melhores amigos/amigas e, embora não seja necessário romper com os outros, nem os maltratar, seguem escolhendo e sendo escolhidos suas amizades e relacionamentos. Jesus escolheu a Pedro, Tiago e João para viverem esse e outros momentos únicos com ele (Mt. 5.37; Mc.14.33; Mt. 17.1 e seus correlatos). Eram eles pescadores, eram simples e rudes pescadores que o seguiam desde Cafarnaum. E eram também, todos os três, altamente influentes e de personalidades ímpares. Pedro    Era explosivo e espontâneo, dava voos de águia (Mt. 16.15-19; Atos 2.14-40) e de martim-pescador (Mt. 16.21-28; Jo. 18.10-11; Gl. 2.11-21).   Tiago e João   Eram irmãos, filhos de Ze

Curados Para Servir VI

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   A lgumas vezes, sem aviso algum, tentamos desconstruir algo que não conhecemos ou conhecemos bem pouco. Baseamos nossas opiniões no senso comum, em visões distorcidas e viciadas, sempre mais do mesmo. A igreja é assim, muitas vezes, injustiçada e muitos de seus críticos internos parecem não saber o que ela seja.     A igreja enquanto realidade é projeto de Deus e custou muito caro a sua implementação.   "Cuidai pois de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele adquiriu com seu próprio sangue." Atos 20:28  "Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo," 1 Pedro 1:18-19      O preço foi alto e o valor da igreja para Deus e a sua missão no mundo é única. 

Curados para Servir V

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A resposta que o apóstolo Paulo deu ao questionamento de seu ministério à igreja de Corinto em sua segunda carta, é uma flagrante declaração de amor a essa comunidade:   “Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado. ” 2 Co. 12. 15 Ele fora desprezado e caluniado e continuará amando mais; e melhor! Sacrificara-se muito e ainda se sacrificará mais! Amou profundamente e continuará; e não está esperando muito amor de volta como retribuição, ainda que fosse justo requerê-lo, “Não devam nada a ninguém, a não ser o amor de uns pelos outros, pois aquele que ama seu próximo tem cumprido a Lei, ” (Rm. 13. 8) O apóstolo nos fala de sacrifícios cada vez maiores, de uma cruz mais pesada para carregar. Fala da sua alegria em sofrer por Cristo, em ser consumido na Sua obra (cf. At. 5.41; IICo. 4.17). De não esperar o amor como paga por sua dedicação sacrificial amorosa, ainda que o seu propósito seja desp

Curados para Servir IV

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Uma vitória retumbante de Israel, difícil de ser digerida pelo faraó. A terra sofreu e os egípcios perderam milhares de animais, plantações, familiares e amigos  nas pragas, principalmente na última, e ainda, perderam milhares de soldados engolidos pelo Mar Vermelho. Do lado hebreu porém, havia festa e dança. Música e poesia exalavam de Miriã e um sentimento de alegria, triunfo, esperança e proteção é notório naquele povo acampado na praia. "Então Miriã, a profetisa, irmã de Arão, tomou na mão um tamboril, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris, e com danças." Ex. 15.20     Vem a ordem "Marchem!" e os israelitas percebem logo a dificuldade do avanço. "Depois Moisés fez partir a Israel do Mar Vermelho, e saíram para o deserto de Sur..." Ex. 15.22a     Sol, sede, fome, desorientação, animais peçonhentos e demônios (na tradição judaica este é o lugar que habitam). E Deus os prova no deserto. "...caminharam três dias no deserto,

Curados para Servir III

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Na carta de Tiago capítulo 5, do  versículo 16 ao 18, lemos sobre sermos curados porque confessamos os pecados e oramos. contudo, tal prática em mundo que superestima a individualidade e a privacidade, não é de prática simples. No versículo 16, temos dois verbos no modo imperativo que, costumeiramente passam desapercebidos pelo cristão: “confessai”; e “orai”.  "16 Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados" Ele associa confissão de pecados à oração. Mas, faz isso num contexto de relacionamento interpessoal e de confiança “os vossos pecados uns aos outros”.  Para aprendermos melhor: Confessar o quê? Os pecados! A quem? A Deus? Não! Uns aos outros! E o quê mais devo fazer? Orar. Sozinho? Não! Confessar os pecados uns aos outros e orar um pelos outros!  E por quê devo fazer isso, me expor a tanto? Para serem curados, você e a outra pessoa!  Em seguida, Tiago fala do poder da oração na vida de um

Curados para Servir II

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Vejo muita gente doente, sofrendo no corpo e na mente as dores de desavenças em palavras, de más compreensões ou mesmo de sentimento de rejeição ao ouvirem determinadas asseverações. E assim, se instalam doenças psíquicas, psicossomatismos, iras e intolerância com coletividades ou mesmo com algum segmento social. Com orgulho ferido, não buscam ajuda, pois como podem se sujeitar ainda mais, reconhecer a dor e a própria fragilidade, “ou pior”, seu próprio erro? Mesmo enterrando a dor sob inúmeras camadas de aparente frieza e indiferença, o “túmulo da dor” exala um odor fétido que não pode mais ser ignorado e o corpo doe, a mente e o coração protestam. Orar ou não, ler a bíblia ou apenas ficar quieto, mudar de igreja ou “se desviar”, fingir ser uma pessoa inabalável, não trarão melhoras e as emoções cobrarão o preço, por fim. “Dentro de mim derramo a minha alma ao lembrar-me de como eu ia com a multidão, guiando-a em procissão à casa de Deus, com brados de júbilo e louvor, u

Pensando Deus, Fé e Ciência

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A fé cristã é uma cosmovisão, não um rito, ainda que este é expressão desta. Não tem um único lugar para ser, mas é e se faz em todos os lugares. A pessoa apreende o ser novo a partir da sua interioridade e já é nova pessoa.  As conquistas tecnológicas e o pensamento instrumental são excelentes ferramentas de percepção e transformação da realidade, mas o pensar técnico é somente parte da razão ontológica, que não apenas é cognição, mas também distanciamento e paixão; objetiv ação e subjetivação; praticismo e teoria. A ciência com seu discurso cognitivo e técnico nos mostra que um deus que se confunde ou perde espaços aonde a instrumentalidade da razão avança é menos do que Deus. Aponta para um ser enquanto soma de todas as nossas aspirações humanas e que agora é descartável. E de modo algum tal constatação abala a fé. O cristão responde com um "muito obrigado" e segue crendo. Se livra de um ídolo do pensamento (Bacon). Assim, para iniciarmos a conversa sobre fé em nossas igr

Curados Para Servir à Mesa do Rei

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Em um texto curto de Marcos (1. 29-31) a sogra de Pedro estava febril e foi curada por Jesus. Na antiguidade, estar com febre era realmente preocupante. Não é doença, é sintoma, prenúncio de que  aquela casa teria uma luta árdua pela vida. Àquele tempo, a febre poderia estar indicando a brucelose (febre de Malta), febre tifóide ou malária. Eram doenças comuns na região devido às enchentes do Jordão, a má alimentação e higiene precária. Jesus chega a hora do almoço e para aquela mulher, os sinais do corpo não eram bons. Falaram dela a Jesus e ele veio para junto dela, no seu quarto, lugar privado aonde um homem não poderia estar, segundo as normas sociais vigentes. Ele se aproxima e pega em suas mãos e a levanta. Jesus vai ao seu encontro e a cura. Saiu de sua prostração e letargia e juntou-se aos visitantes. Pode servir, agora. Servir era só para discípulos, privilégio deles. Não estamos no mundo ultramoderno e a mulher não podia servir a mesa, era função e mérito de homens. Jesus a